Metade Sul do Rio Grande do Sul
“Agonia de um território, por vagas e inerentes causas ou pelo descaso político.”
Aos tempos em que estamos vivendo, é de uma incompreensão anestésica esta situação social econômica caótica desta Região de nosso Estado, a Metade Sul. É a única Mesoregião empobrecida, do País, pois não temos adversidades climáticas extremas quanto às outras regiões, uma das causas principais do não desenvolvimento destas.
Antônio José Gonçalves Chaves veria hoje, se voltasse ao mundo dos vivos, que estaria tudo ainda como ele sonhou para estas terras, no alvorecer do século XIX. Seu sonho de realizações seria uma economia fundamentada na indústria e na agricultura, cultivada por homens livres, em propriedades médias e pequenas. Morreu afogado misteriosamente no Rio da Prata, estava cheio de esperanças no seu idealizado desenvolvimento, isto em 1837.
A Metade Sul de nosso Estado é sem dúvidas das regiões privilegiadas, diante das riquezas do Rio da Prata, a integração do Rio Grande do Sul, com o Uruguai e a Argentina era uma das ambições deste charqueador português que veio para o nosso Pampa, precisamente para Pelotas. A tributação como previa Chaves, exterminou por motivos políticos as charqueadas
em nosso Estado, e o seu sonho de um País de homens livres, adepto farrapo, que era, ficou embaixo do tacão da bota do autoritarismo imperial.
Para se compreender as agruras econômicas e sociais da Metade Sul, é necessário além de se estudar antes da Revolução Farroupilha, os entraves coloniais e de alternância de regimes políticos no Brasil, e de hegemonia econômica mundial, principalmente após período imperial colonialista Portugal Espanha. Nossa economia vem sofrendo influências de além mares, desde épocas anteriores a Chaves, mas este é como referência, dado sua ideologia liberal, e de homens livres, ao qual até hoje os brasileiros não o são, apesar das conquistas democráticas, com avanços sociais e econômicos, ditas de libertas conquistas. Aí temos os fundamentos do não desenvolvimento da Metade Sul. Isto comportaria um seminário, com todas as lideranças do nosso Estado.
Da ocupação do território aos resultados econômicos de hoje, caracterizou-se assim uma linha imaginária divisória, com as devidas frustrações
em investimentos. Da colonização alemã e italiana, das margens dos rios do estuário do Guaíba, as variantes da topografia montanhosa da região de Caxias do Sul, é um prenuncio da divisão do Estado. O Pampa adversamente, pelos doutos da terra, hoje Metade Sul, não investiu, nem nos ideais de Chaves e tão pouco na colonização. Assim transformou-se esta Região do Estado num Poder pelo Poder, tanto político como econômico.
Contrariando o imaginário de Chaves, distribuiu – se terras em quantidades absolutas e inimagináveis para famílias que teriam a partir daí benesses oficiais de governos, e uma concentração de terras nas mãos de poucos. O infortúnio da Metade Sul é profecia, e não o ocaso de não o saber, que isto é para os povos de várias partes do Mundo que não tiveram a oportunidade do saber. Aqui não ocorreu, nunca faltou o saber. Faltou e falta a coragem de fazer. Continua em muitos recantos esta vontade do não fazer.
Eminente e é conhecida a permanente alternância do Poder Executivo Estadual, nos últimos anos
em nosso Estado. Todos os estudos, que se tem conhecimento estão balizados no ranço catastrófico, de ideologias pífias, diante do quadro atual dos recursos naturais e econômicos prementes. Existe uma exigência em política que é o respeito ao Estado, e isto não é uso e costumes em nossa “província”. O ranço é desde os tempos remotos, e assim fica as diferenças étnicas e econômicas disputando o poder em detrimento entre outras causas e procedimentos, de interesses comuns, por uma questão de ideologia, de legislação na sombra da retórica ou da sentinela dos menos arrojados, ou no já desgastado e do egocentrismo da eterna busca deste logradouro de favores, que é o Poder pelo Poder.
É condição primeira para o desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul, a utilização das hidrovias, transformando isto tudo em um consorcio de eletrificação, transporte fluvial, irrigação, turismo e seguridade social; projeto TVA o Vale do Tennesse em 1932, é exemplo para nós. Sem isto não existe, a possibilidade de uma grande integração com os países da América do Sul. A logística, os modais de navegação interna, ferrovias e aerovias, estão além dos interesses imediatos e de caros custos das rodovias, estas já superadas em todos os aspectos. Estas estruturas modais seriam de importância econômica, técnica e de ordem social, principalmente para vencer grandes distâncias, A ligação Ibicuí-Jacuí, é condição primeira para o progresso integrado da Região com os outros integrantes do Mercosul, e não se percebe este interesse nas hostes governamentais e privadas e isto é primordial pelas causas das integrações brasileiras, e Sul Americano. É a pobreza dos instintos empreendedores, oficiais, que Antônio o charqueador pressentia e comentava, sobre distribuição de terras, e agora ainda estamos nestes atoleiros das barrancas dos rios navegáveis, de nosso Estado.. A integração da vias navegáveis da América do Sul passa necessariamente por este projeto, de fundamentação econômica e histórica desde os primórdios de 1626, quando da chegada dos Jesuítas. As ferrovias, com malha de bitolas diferenciadas assim mesmo é a alternativa hidro-ferroviaria, entre as nações do Mercosul, sendo as rodovias apesar dos atrasos de suas construções, que é o caso das 566 Alegrete – Itaqui, uma alternativa de integração do Mercosul, cara, mas condizente com as distâncias que temos que vencer e como vencer. Assim integraremos o mercado importador ao mercado exportador, e as propriedades rurais e cidades desta fronteira, carentes de estradas asfaltadas. Condição primeira é a viabilidade desta integração de modais, superando os já centenários entraves de área de fronteira, para aproximar os povos, e viabilizando com hidrovias, ferrovias as pontes ferro rodoviárias entre os países Brasil e Argentina sobre o Rio Uruguai, e consequentemente a ligação transoceânicas do Pacífico ao Atlântico, entre o Porto de Antofagasta no Chile ao Porto de Rio Grande, e outras ligações. Este investimento é de total importância para a Região do Mercosul, mas é de vital importância para a Metade Sul do Rio Grande do Sul. Fazendo esta parte do resgate histórico dos entraves de desenvolvimento causados pela Faixa de Fronteira, entraves conhecidíssimos pelo não desenvolvimento da Fronteira Oeste de nosso Estado. Os motivos são desde a postulada guerra com os países vizinhos, como os conflitos de poderosos contrabandistas, nestes recantos pouco fiscalizados pelas autoridades do passado, como as do presente.
Inadvertidamente, em 1932, a pecuária nos EEUU, já era equivalente em técnica manejo e produtividade, o que ainda não alcançamos na Metade Sul de nosso Estado. O saber não é problema, é necessário um programa ou projeto para tirar a Metade Sul deste descaso político partidário, pois é bom lembrar sobre o tratado de Pedras Altas, quando chimangos e maragatos assinaram o tratado de paz. Aí é que estão às raízes políticas e econômicas dos gaúchos, e todos os erros do passado, no presente repetem-se pelo descaso incompreendido refletindo negativamente nas causas sociais e públicas, com ranços e ilusões eleitoreiras com um território demograficamente despovoado, a Metade Sul, e ainda como causa do não desenvolvimento o descaso também das potencialidades naturais desprezadas. A Embrapa é a instituição apropriada se acionada para um projeto de produção e produtividade desta Região, na pecuária e outras culturas, antes deveria ser eficiente aqui, onde o descaso impera, para depois ir para investir e desenvolver a África. As prioridades jamais foram para a Metade Sul. É de interminável comparação assimétrica com a preocupação e investimentos da outra metade do Rio Grande do Sul.
A gravidade dos problemas sócios econômicos agrava-se diante dos avanços tecnológicos, de conhecimento universal, e os de controle de qualidade e pela quantidade. Entre o status sanitário de Santa Catarina, e o Uruguai, o Estado do Rio Grande do Sul, tem uma deficiência injustificada, a saúde animal e controle sanitário da produção primária. Sendo por uma questão de tradição e ação, deveria ser o nosso Estado, o pioneiro e não o eterno descaso a este processo indispensável e exigido por todos os mercados no Mundo; desenvolvido ou ainda
em desenvolvimento. Repercute o bem estar dos animais, em mercados como suinocultura, avicultura e outros de menores expressões econômicas, mas a causa dos entraves ocasionados pelo descaso local, destas culturas interfere negativamente na Metade Sul, com referências ao magnífico parque industrial da Metade do Norte. A expansão, de agora tanto de laticínios, como fruticultura, aos investidores estrangeiros, como dos empreendedores de outras regiões, tanto do Estado como do Brasil, ficando o Povo do Rio Grande do Sul, a margem da labuta em seu solo. É de extrema preocupação, a criação de novos empregos, tanto para os trabalhadores em florestas, como várias possibilidades de novas agroindústrias e pelo incentivo de capitais ditos transnacionais, pois aí com a exclusão da mão de obra nativa, pois sem conhecimento
e preparo para assumir cargos e encargos de responsabilidade técnica e funcional com o saber atualizado e compartilhado. Estamos assim com a política do empreguismo e investimentos dos de fora, pelos erros do presente e do passado. Isto é um quadro de infundadas pretensões de desenvolvimento junto a esta lógica, para com a macro economia, sem corrigir os seguimentos sociais da herança do latifúndio improdutivo, as empresas investidoras estrangeiras percebem, e assim transparecem tanto na pratica como em audiências públicas a não preocupação com sua função social.
A educação com déficit de aparente e real, irrecuperável nível, à gerações, comparado com a da Capital do Estado, compromete a base da escolaridade da juventude, oportunizando como é conhecido e normal,em qualquer lugar do Mundo, aos auto escolados e por outro lado aprovados e diplomando os cidadãos com currículo completo, sem a devida preparação para os empregos ofertados pelos empreendedores chegados de fora, do Brasil ou do estrangeiro. Isto é a incompetência instalada nas escolas e universidades em sua maioria na Metade Sul de nosso Estado. Os pólos universitários conhecidos e reconhecidos são iniciadores de formandos para o emprego fora da Região ou sem o espírito de empreendedor, que é algo atávico nesta Região coisa já prevista por Antônio Gonçalves Chaves, em 1837. São raízes de uma vulgar e irreal distribuição de terras, ao qual não houve na Metade Norte, em colonização e racionalidade na distribuição de terras e assim o foi e assim teve o fortalecimento da unidade familiar, cristã, comunitária e solidária. Isto qualquer Sociólogo explica. A Metade Sul é uma Região “ doente”, é de extrema necessidade um projeto para as próximas gerações e este tem como base o ensino fundamental. Não se pode conceber um território rico, onde temos mel e leite, e a renda per capita da maioria dos municípios é de muito baixo valor, significando que ainda não foi aproveitado todo o potencial natural, para o bem estar social desta sociedade. Caberia a partir da educação, a recuperação ecológica e ambiental, pois a degradação é enorme diante do extrativismo irracional, comprometendo solos e aguadas e não apresentando nenhum resultado econômico ainda mais diante de toda a tecnologia, saber e possibilidades dos tempos que hoje estamos a viver. Neste inicio do terceiro milênio.
A indústria do Rio Grande do Sul, não surpreende ninguém pelo mundo afora, só temos uma grande e preocupante falha de planejamento, para a quantidade. Qualidade e adaptações técnicas, em determinados setores, temos como fazer e poderemos alcançar em poucos anos, como foi o caso dos vinhos, e seus derivados. Quantidade e planos de expansão, a nossa industrialização, é condição primeira para o bem estar social, isto é emprego e produtividade com renda. Mesmo nos tempos que o capital estrangeiro estava à frente da indústria frigorífica, perdeu-se de vender por falta de matéria prima, e ficaram algumas destas indústrias mais tempo com seus empreendimentos, tanto os ingleses como os americanos, dado a possibilidade de importação de matéria prima, tanto de bovinos como de ovinos. O resultado não satisfatório na Metade Sul dado a prática pecuária que até hoje predomina em nossos campos com a maioria dos criatórios, com praticas sem considerações econômicas, isto é, a baixa produtividade de natalidade e de produção de carne por hectare.
Projetos como do Mar de Dentro, e como do Alto do Rio Camaquã, são alguns que demonstram a perspectiva de um possível desenvolvimento em regiões que ainda não tiveram o despertar de empreendimento dos proprietários do local, mas estão a planejar o aproveitamento de suas potencialidades naturais. Do pescado, ao criatório de ovinos, fruticultura e agroindústrias está aí uma das atividades, a considerar, diante de ter incentivo a estes projetos. Além destes o estudo do projeto entre outros da Lagoa Mirim. Assim pode-se considerar das potencialidades em proveito como de Canguçu, uma das maiores vitórias de causa pública e humana, que é próprio dos ideais farroupilhas e dos gaúchos; ali temos a maior concentração de pequenas propriedades produtivas da América do Sul, que é pouco divulgado, que é pouco considerado, por certo não condiz com os votos e de vaidades de governantes e líderes da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul.
A magnitude dos investimentos no Município e Porto do Rio Grande é só rever a história e não surpreende pelas adversidades e descompassos das finanças do Brasil, nos últimos cinqüenta anos. Justamente o custo da indústria naval, a mais caro do mundo já foi extinta do parque industrial brasileiro, dado as condições precárias e tributárias em comparação com outras indústrias navais pelo mundo afora. Isto é prova presente com os interesses dos holandeses nas nossas hidrovias e o impedimento legal de trazerem suas embarcações, isto são barcaças para o transporte fluvial interno, de Cachoeira do Sul a Rio Grande, somente sendo permitido embarcações com fabricação nacional, mas são com um custo de fabricação duzentos por cento mais caras. Assim inviabiliza como já inviabilizou a indústria naval em tempos atrás, é a tonelagem de estaleiro mais cara do Mundo, protecionismo que não temos na agropecuária da Metade Sul, ainda mais abandonada pelo governo do que a cultura do arroz, alimento básico da cesta básica dos excluídos. Não seria esta e nem a do parque industrial de celuloses, a definitiva e consolidada estrutura econômica e social da Metade Sul. As comunidades mais esclarecidas estão ao largo destes investimentos temporários e talvez de muitos destemidos e ameaçadores empreendimentos contra o ambiente sustentável desta Região, pois este é objetivo de preocupação de todos os investimentos em qualquer parte do Mundo.
A degradação de solos e rios são objetos de preocupação a mais de cinqüenta anos, Correio do Povo de 01/07/77, artigo de Geraldo V. N. Vieira; professor americano em visita ao Brasil, se surpreendeu com a água turva e barrenta de nossos rios, sinal evidente de desterra mento de boa parte das terras adjacentes. Mas isto é visto ainda hoje, em lavouras de soja e de arroz entre outras
em nosso Estado. Os rios estão assoreados, a construção de barragens, ainda que tarde estejamos com duas em construção para tentarmos salvar o Rio Santa Maria, que banha a cidade de Rosário do Sul. Assim como um marco deste programa para construção de novas e grandes barragens, voltado para a sustentabilidade e aproveitamento racional de terras com irrigação, para podermos controlar os níveis dos rios em enchentes, e nos períodos de grandes estiagens. Com isto a produção primária ficará com menos ricos naturais para a produção com garantia de produtividade e viabilidade, isto é programa do anterior governo do Estado e deverá ser programa definitivo de nosso Estado, para a sobrevivência das atividades primárias. A Região precisa dar prioridade para o programa de irrigação, assim como o aproveitamento de águas com racionalidade nos meios urbanos, e resolvendo com o menor tempo possível todo o programa de saneamento básico, para a população urbana. Assim mediante o tratamento de águas e esgotos e uma irrigação racional para a agropecuária e para a industrialização da Região, teremos com o trabalho de reciclagem do lixo e tratamento dos aterros sanitários, a preservação ambiental também para a Metade Sul. Mediante o atraso e as exigências de mercados para quem pode e deve produzir, temos alguns pontos privilegiados, principalmente pelo baixo índice demográfico, e um território mal aproveitado, mas com todas as condições de ainda ser recuperado. Temos que lutar pelo fim destes desapreços e incontestes descasos públicos administrativos, tanto nas esferas maiores do poder como nos municípios, isto é histórico.
A Metade Sul do Rio Grande do Sul, teve uma oportunidade histórica para o desenvolvimento econômico social e político, não nos causa nenhum temor em apontar erros para tal. A atuação política dos seus representantes nas últimas décadas sempre foi sem grandes fundamentações, local. Tivemos algumas projeções com interesses de integração, como a ponte de São Borja São Tomé, a projetada usina hidroelétrica de Garabi em obras, e principalmente o acordo do Mercosul, que a maioria das autoridades ainda não conseguiu assimilar dados os seus princípios atávicos, que está infiltrado e consolidado, entre soluções em meios de governos e iniciativa privada. A Zona de Fronteira que atinge grande parte da Metade Sul tem um programa para o resgate de sua estrutura pública, via Ministério de Integração, não muito divulgado. Não desenvolvida esta Região, até então e sem incentivos, em razões conhecidas, por perigos antecipados bélicos, mas que nunca ocorridos. Assim aos incentivos e atualizações poderemos ter o resgate de implantação de parques industriais, e parques de livre comercio, diante dos implantados pólos tecnológicos em nosso meio, teremos com as Universidades, se estas forem eficientes, a possibilidade de uma industrialização de última geração. As ZPEX só se viabilizarão com alta tecnologia, e seria um dos instrumentos para o resgate das causas provocadas da referida Zona de Fronteira. Hoje com o intercambio comercial, industrial e do turístico, é necessário que as cidades de fronteira com Uruguai e Argentina, tenham um tratamento fiscal condizente com as cidades destes países limítrofes. Somente na cidade de Rio Branco fronteira com o município de Jaguarão é comercializada mais de cem mil dólares por mês. Assim a integração se torna um entrave aos brasileiros comerciantes e supostos pequenos industriais, dado os recursos comerciais a nível mundial. Está sendo atualmente o nosso País o de produtos mais caros no Mundo em suas prateleiras, dado os impostos de níveis insuportáveis, está com isto subsidiando as cidades fronteiriças Uruguaias e Argentinas, com os descasos oficiais, com as cidades da Metade Sul.
O agro-negócio tem uma amplitude considerável, a Metade Sul tem um potencial, considerável para alimentos e agroindústrias assim como para
combustíveis renováveis , que não são privilégios de muitos pelo Mundo afora.
Percebe-se nas periferias o descaso dos últimos cem anos, em uma sociedade que deixou o campo por falta de salários, estes só foram regulamentados a partir da constituição de 1988, assim mesmo o Poder da Terra ignora. A educação sem uma projeção dado às realidades técnicas necessárias as atividades prementes oferecidas pela natureza, não se importaram com as atividades afins e existe hoje uma deficiência de mão de obra para as atividades primárias.
Com isto as proposições que tramitam na Câmara Federal de subsídios a agro pecuária brasileira, dado a crise atual e os subsídios dos países desenvolvidos, tenderão a ter um novo perfil nas propriedades rurais do Brasil e consequentemente seria necessário, algum incentivo a mais para a Metade Sul. Isto é uma conquista de Governantes abeis aos interesses de seus governados; não é demagogia. Os assentamentos ficaram como marco de uma conquista e fim de um sonho de manobrados pelas causas eleitoreiras. É de lamentar as condições dos assentamentos na Metade Sul. Todas as possibilidades de sucesso são conhecidas, técnica e trabalho com objetivos claros a uma agroindústria dentro dos moldes de exigências comerciais, tanto para o mercado interno como para o externo. Já existem algumas no nosso Estado com sucesso reconhecido, tanto como iniciativa municipal, como privada. As maiores do ramo dos Laticínios sabem das potencialidades da pequena propriedade rural em produção leiteira, é só avaliar os investimentos que estão a acontecer em nosso meio. O governo tem que apoiar o produtor, pois estes detêm em suas mãos a produção do leite, um dos alimentos mais ricos e procurados.. As agruras devem ser deixadas para as “artes” do passado, pois existe um programa a cumprir desde os pequenos produtores aos maiores proprietários de terras
em nosso Estado.
Apesar dos poucos recursos para os investimentos necessários, a Metade Sul financia ainda investimentos fora do seu território, da Metade Norte.
Sorrateiramente o produtor primário financia o déficit comercial e industrial brasileiro e nossa Região Metade Sul teria de ter um incentivo além das Regiões mais desenvolvidas ditas industriais, e exportadoras. Existe justiça na reivindicação por que os números são históricos e os abnegados produtores primários deste território assim mesmo foram e são fieis as causas do Rio Grande do Sul e do Brasil. Solicitar por um plano plurianual de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul, e com isto esta Região deixando de ser empobrecida é mais uma marca para a consolidação da democracia brasileira.
Observa-se O TVA A Democracia em Marcha no Vale do Tennesse com este slogan, isto é a produção incentivada,
em uma Região como a nossa é um simples democratizar a riqueza para o bem comum, objetivo clássico para a democracia e o almejado bem estar social.
A energia como referencial final deste pequeno e objetivo relato, tanto as alternativas com biomassa e eólica, bem como a distribuídas com gasodutos, seriam da maior importância com uma atenção especial. Temos as termoelétricas, como de Candiota que fornecerá energia ao Uruguai bem como temos a paralisada Usina de Uruguaiana, projetos estes de magna importância dado a grande demanda que hoje é requerida para a fundamentação tanto industrial como agropecuária de qualquer região do Mundo
em desenvolvimento. Assim o programa hidroelétrico, termoelétrico, eólico e de biomassa é condição primeira de preocupação, por tardar os incentivos, para o desenvolvimento desta Metade Sul assim como seus parceiros do Mercosul.
“As causas públicas do Rio Grande do Sul, principalmente
em sua Metade Sul, não são problemas, é indiscutivelmente somente necessário terminar com a hostilidade dos seus filhos a própria Terra, assim poderemos nos recompor desde que os nossos ideais sejam de origem das raízes desta, que é a eterna Província de São Pedro do Estado do Rio Grande do Sul, Os que são e serão responsáveis por isto são os bons frutos desta Terra, homens e mulheres, que por certo terão com boa vontade, virtude e desprendimento, razões e fé para alcançar com as riquezas naturais e o bom saber com luzes
um bem estar social para todos, objetivo maior da democracia brasileira. A Metade Sul haverá de vencer todos os entraves históricos e abrigará
melhor e com maior esperança e esta haverá de ser infinita com seus dias e tempos sagrados para as suas próximas felizes e belas
gerações, e isto será da sabedoria ao sagrado, muito mais que simples utopias”.” Que assim seja .”
25-10-2010.
As manifestações dos responsáveis pelo futuro do Rio Grande do Sul, não condizem com os erros e com as preocupações do passado, e com as possibilidades do presente e do futuro. Continua nosso Estado, nas mãos dos que se apresentam, com o freio de um bagual em suas mãos fracas, para o nada, com soluções pífias e com ditos programas com as raízes das discordâncias deixando as populações principalmente as carentes, nesta eterna letargia da miséria e do pouco conhecimento em busca do bem estar social.
Supostamente, quando alguém se comunica com um atual dirigente público, ou com um do passado, se percebe os narcisistas costumes de aproveitadores e não de idealistas das causas sociais e econômicas viáveis, desta rica e independente província.
Pela Liberdade do Brasil. 15 de março de 2012.
Francisco Berta Canibal.