Os rebanhos do Pampa.
Enaltecer as raças britânicas do Pampa do Rio Grande do Sul, segundo artigo publicado no Jornal Valor em 22 de fevereiro, é o mais novo discurso dos dirigentes e líderes da classe produtora rural no Estado do Rio Grande do Sul.
A reportagem é de Guilherme Arruda, entre outras argumentações sobre produção de arroz, trigo e soja, procura enaltecer as raças britânicas diante da crise da pecuária do vizinho País a Argentina.
A exigência dos consumidores paulistas, que é coisa comum de uma classe privilegiada com poder aquisitivo invejável a nível internacional, a muitos e muitos anos, que somente consome carnes da Argentina, esta considerada a melhor do Mundo Civilizado. O que é ser de um Mundo civilizado é de fácil compreensão, está desde 1941 publicado e bem explicado, no livro de Stefan Zweig, com tradução de Odilon Gallotti, com o título Brasil País do Futuro. É de relevante importância esta reportagem do Jornal Valor, desde que lida e compreendida pela classe produtora do nosso Estado, porque ainda há de se ter tempo para uma pecuária de Primeiro Mundo para o Primeiro Mundo, desde que seja preservado o Pampa.
Por outro lado a exportação de genética, de raças britânicas, para os países da América do Sul, por certo trará alguma dificuldade de comércio para o nosso Estado, como o arroz plantado por brasileiros no Uruguai. A balança do sobe e desce do comércio internacional, faz a cabeça do produtor periodicamente e muitas vezes equivocada com; soja em determinado momento, com trigo em outro momento, com arroz e gado em vários momentos, e com isto descobre-se sem planejamento que o paulista não tem onde buscar carnes nobres depois da Argentina diante de um contingenciamento nas exportações de carnes, naquele País.
“ Em um estalar de dedos, sem rumos parte o produtor em busca de rendimentos sem orientação técnica e de mercados, não acredita em sua própria classe, enquanto o Mundo anda em alta velocidade a carreta emperrada em uma estrada qualquer do nosso Estado, permanece, e assim assiste-se a deterioração dos solos nobres para a pecuária das raças britânicas, sem qualquer argumento prático e correto, além de um momento só, isto é muito pouco para se dizer nada além de mais uma simples especulação.”
Em 27 de fevereiro de 2013. Francisco Berta Canibal.