A realidade explica a falta de segurança.
A história do Estado do Rio Grande do Sul tem algo que possibilita enumerarmos os problemas atuais, entre eles estão, nada mais e nada menos que os percalços aos quais vem ocorrendo a muitos e muitos anos, a insegurança nos campos , e que ainda não foi suficiente ao passar do tempo para alcançarmos com liberdade a segurança almejada.
“Quem permite a liberdade não fornece segurança.”
A audiência pública realizada em Alegrete, pela Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa, no início desta semana, 25 de março, os depoimentos que ali se ouviu e se presenciou, não contraria os dados e registros históricos, foi um relato e um retrato do que é a insegurança atual, em que estão encurralados os produtores rurais da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul e nas demais regiões do Estado.
Se relatarmos os percalços em que impedem a segurança, veremos que os produtores e representantes do Governo e suas instâncias não conseguem visualizar uma solução plausível devido primeiramente o isolamento físico, do produtor, diante das distâncias dos estabelecimentos e da falta de estrutura para organizarem uma defesa privada ou em parceria com as autoridades seja ela policial ou militar, considerando a Faixa de Fronteira. Somente um esquema complexo e integrado, poderia ter e firmar uma credibilidade e operacionalidade, diante dos custos que assustam o produtor ou empresário. A implantação de qualquer programa para a segurança teria de ter resultados positivos imediatos quando implantado, com isto proporcionaria um resultado diante da insegurança premente. Isto é, necessário tentar mudar, com urgência, e em tempo este quadro caótico de insegurança coletiva, em segurança permanentemente, não permitindo de forma alguma algum senão nesta segurança, criando uma confiabilidade que proporcione confiança neste produtor, hoje saqueado e inseguro.
Interessante é que com toda a insegurança, o produtor é chamado ao investimento constantemente, diante das ofertas do mercado, tanto na compra de terras tanto em arrendamentos ou novos equipamentos de última geração, tem-se como registro os resultados econômicos da exposição de alta tecnologia da cidade de Não- Me-Toque-RS, realizadas há poucos dias e divulgados os resultados animadores, pela imprensa.
Diante da insegurança propalada, existe uma assimetria, entre a história e a realidade, todo o negócio e investimento prediz uma necessidade de segurança diante das responsabilidades desta como de qualquer atividade. São as responsabilidades fiscais, financeiras, trabalhistas e ambientais, diante da lei vigente. Para isto é necessário um aparato de segurança, que este sempre foi realizado pelo proprietário do estabelecimento, ou por um vigia responsável, assim como um capitão do mato no tempo dos escravos.
Agora considerando o famigerado desarmamento, este é contra a iniciativa privada urbana e principalmente a rural, esta isolada, diante das preocupações deste isolamento pelas distâncias que atormentam os produtores, ”mas”, considerando os registros históricos de que este sempre se afirmou sozinho em seus procedimentos e ações, com os seus elementos de segurança pessoal, resultado cultural e de costumes que vem de encontro com os registros da história que não levaram ninguém a lugar nenhum. A falta de associações em distritos municipais, com o descaso atual do Estado, seria necessária esta associação comunitária, com a faltas destas vem a afirmar os percalços que o isolamento oportuniza ao abigeatário, assaltante ou bandido. Considerando com isto que a porta fica sem tranca e escancarada para o delito e ação dos que praticam o assalto. O assaltante armado, e sabendo que o proprietário desarmado em nome da lei, estando assim o direito de propriedade e a defesa dos redutos de domicílio, fica ao belo prazer do assaltante, sendo os seus direitos defensáveis a qualquer preço diante do dito direito pelo proprietário, de defender-se, e esta defesa a reveria ao serviço oficial ou aos desejos materiais e muitas vezes carnais do assaltante, isto tudo contraria a lei, digamos, esta que é “ideológica” com o desarmamento, um dos símbolos da nova ordem mundial, e proporciona segurança ao assaltante, tudo isto em nome da lei, contrariando os direitos humanos universais já em desconsideração, e os constitucionais,não específicos em práticas oficiais por falta de infra-estrutura e efetivos para garantir ao mínimo ao cidadão. A infra-estrutura hoje, já é considerada um direito a cidadania.
Uma relação de dificuldade de comunicação de várias propriedades na era da comunicação de qualquer forma ainda é o quadro do isolamento, não pode mais perdurar esta situação diante da possibilidade de instalação de um celular com uma torre e com uma bateria funcionando com luz solar. A comunicação é primordial para podermos com uma rígida fiscalização oficial ou da classe produtora organizada para tal, com isto viabilizaria os registros de movimentos em qualquer das propriedades, a qual o produtor ou terceiros, que está saindo da propriedade rastreada com seus produtos, e seu destino, ou o insumo que está sendo adquirido e transportado conforme registro do veículo e motorista; isto é controle pela segurança. Assim poderia se almejar certa segurança, com um esquema de programa de movimentação da prioridade para a confiabilidade pública dos operadores e da segurança das mercadorias em questão. Com isto a fiscalização do governo do Estado, com notas e notificações a quem carrega a mercadoria e a quem a recebe, diante de horários pré- estabelecidos ao qual a internet proporciona mais este instrumento para controle do que está sendo transportado, que tem de ser rastreado; isto é racional. É assim o procedimento dos valores monetários. Esta complexidade deixaria o abigeatário e sua turma de ladrões cercados diante de uma organização entre Estado e os produtores rurais, e empresas de segurança privadas. Somente nesta época com a tecnologia disponível é premente possível e necessário um esquema de segurança, assim como funciona o de segurança do sistema bancário brasileiro, durante o expediente diário.
As seqüelas de uma pecuária e uma agricultura sendo saqueada diariamente, conforme depoimento desta audiência pública simplesmente torna à atividade atrasada e estagnada, diante destas contradições, atuais. Considerando, as exigências a segurança permite uma posição maior de credibilidade tanto de qualidade com um bom manejo desde a origem valorando tanto o produto nos mercados, tanto o interno como no externo. Os prejuízos serão compensados e os lucros aumentarão diante da organização tanto de segurança, manejo e inspeção oficial, e não poderá mais a atividade permanecer em estado de revolução, sem uma contra revolução, e sendo surrada diariamente pela acomodação e omissão de quem quer que seja diante dos interesses coletivos do agronegócio.
“Os irmãos estando unidos, porque esta é a primeira lei verdadeira em qualquer tempo, se não unidos e entre eles se desentendem os devoram os de fora.” ( José Hernandez).
Em 26 de março de 2013. Francisco Berta Canibal.